tag:blogger.com,1999:blog-22505159398614481922024-03-12T18:03:52.156-07:00Pensando historicamenteEste blog é destinado à reflexão sobre a historicidade dos valores e das ações humanas, sempre sujeitos às transformações decorrentes da ação do tempo.Unknownnoreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-2250515939861448192.post-75178710140360154112011-09-04T06:07:00.000-07:002011-09-04T15:59:12.866-07:00Alguns aspectos econômicos do Segundo Reinado<div style="text-align: justify;">Não é rara a referência a um certo "surto" de industrialização brasileira em meados do século XIX. Em certo sentido, é possível considerar este período como aquele que marca os primeiros passos deste processo. Contudo, deve-se ter um certo cuidado, pois os investimentos eram, em sua maioria, de origem privada (não raro estrangeiras, como os investimentos ingleses) e seus resultados ainda tímidos. Também conhecida como a "era Mauá", em razão de uma série de atividades econômico-financeiras desenvolvidas pelo "empresário" Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, esta época da História do Brasil acentua, indiscutivelmente, uma série de transformações decorrentes, dentre outras coisas, da transição da mão-de-obra escrava para a livre, das medidas previstas pelas "Tarifas Alves Branco", da presença do capital inglês, do crescimento do setor cafeeiro e consequente montagem de um sistema ferroviário. </div><div style="text-align: justify;"><br />
</div><div style="text-align: justify;">Entre os setores partícipes da realidade que se desenhava em meados do século XIX, está a implantação de novos Bancos, dentre eles, a "Caixa Econômica e Monte de Socorro" (atual "Caixa Econômica Federal"). Sob ocasião da comemoração dos seus 150 anos e consequente divulgação de sua história, dispomos de um material rico que nos permite "viajar" no tempo!<br />
<br />
Bom passeio! (passe o mouse sobre a linha abaixo e acesse o link)</div><div><a href="http://www.150anoscaixa.com.br/pt-br/150-anos-de-historia">http://www.150anoscaixa.com.br/pt-br/150-anos-de-historia</a></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2250515939861448192.post-84359228583866797192011-08-07T05:33:00.000-07:002011-08-24T04:10:50.848-07:00Polêmicas sobre o "Novo Mundo"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEga3xtAcN7Y90qrZfg2qZubKDmhDUDQCVdwPcYpdMS3pS6pIiDSF6LSX9eyIeHEqdB2xgAjjs-ApmM6JYpGHpIc_W3eMQ25JrM7szELKsMDYtXb2ZAgBpcWCYi_F-yWjHciuBum7ieOcKM/s1600/dali-discoveryofamerica.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEga3xtAcN7Y90qrZfg2qZubKDmhDUDQCVdwPcYpdMS3pS6pIiDSF6LSX9eyIeHEqdB2xgAjjs-ApmM6JYpGHpIc_W3eMQ25JrM7szELKsMDYtXb2ZAgBpcWCYi_F-yWjHciuBum7ieOcKM/s320/dali-discoveryofamerica.jpg" width="241" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><b>El Descubrimiento de América por </b></span><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><b>Christopher Columbus (1959)</b></span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><b><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">(A Descoberta da América por Cristóvão Colombo)</span></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><b><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Salvador Dali</span></b></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><b>Tamanho: </b></span><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;">410 × 284 cm</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">Óleo sobre tela</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;"><br />
</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;"> A experiência do contato entre europeus e povos do "Novo Mundo" já rendeu incontáveis análises e interpretações. Um exemplo é o livro de Antonello Gerbi intitulado "Novo Mundo: história de uma polêmica". Neste livro, este historiador apresenta uma análise das ideias de naturalistas do século XVIII que buscavam "provar cientificamente" a inferioridade da natureza e dos habitantes do "Novo Mundo". Mas é interessante perceber que o caminho seguido por tais pensadores de modo algum opunha ciência à religião. Ao contrário, é da aproximação entre estas duas matrizes de interpretação que nascem as teorias sobre a inferioridade do Novo Mundo. </span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><span class="Apple-style-span" style="color: white; font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px; font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;"> Numa época em que essas duas formas de saber permaneciam mescladas, os argumentos e teses poderiam, por exemplo, ser retirados ou fundamentados ora pelo livro do <i>Gênesis</i>, ora pela <i>Teoria da Geração Espontânea. </i>A própria expressão "Novo Mundo" é um exemplo dessa relação íntima entre religião e ciência. Uma das coisas que pensadores como David Hume E Buffon afirmavam era que o continente americano era muito mais novo em relação à Europa. E explicavam essa evidência com base em alguns argumentos, dentre eles, o de que a <i>imaturidade</i> do continente americano se devia ao fato de não ter secado completamente do <i>Dilúvio (</i>por isso sua umidade excessiva!). Em contrapartida, esse excesso de umidade explicaria não apenas a <i>imaturidade </i>do continente como também e, paradoxalmente, seu estado de putrefação. Afinal, a terra encharcada, assim como a carne podre dá vida - assim acreditavam - às criaturas mais nocivas e abjetas como as serpentes e os insetos! Daí concluíam: a natureza do continente americano é menos mãe e mais madrasta; não apenas a natureza, mas também os seres que ali habitavam são inferiores em relação aos do Velho Mundo. Comparando as espécies animais americanas com as de outros continentes, afirmavam que os "leões" no Novo Mundo não tinham juba! Na verdade, comparavam leões com jaguares e concluíam que os daqui não tinham juba, logo eram menos ferozes. E o mesmo raciocínio era feito em relação aos ameríndios, pois se "os leões não tinham juba", também "os homens não tinham barba" e, portanto, eram menos viris. </span></div><div class="separator" style="clear: both; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"> O tema da <i>inferioridade </i>dos povos americanos jamais saiu de cena. Diferente disso, tomou outras formas, muitas vezes mais sutis ou implícitas. O discurso <i>assimilacionista</i>, muito difundido no Brasil na década de 1970, pode ser entendido como herança de tais concepções. Nesta época, o Estado brasileiro desenvolveu uma política favorável à assimilação das culturas indígenas à sociedade nacional e ainda afirmava que tais culturas tendiam ao desaparecimento. Hoje sabemos que não é isso que ocorre. Ao contrário, nas últimas décadas as populações indígenas têm crescido, assim como as organizações indígenas que trabalham em prol da preservação de sua cultura tradicional. É importante lembrar que tais transformações decorrem do processo de redemocratização do Brasil, sobretudo após a promulgação da Constituição de 1988.</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><br />
</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;">Abaixo seguem os dados comparativos:</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><br />
</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzzZKivPsmDScb1GII5aICnXyNQ92lZbPt_E-MBU-LMzSXTFI6W1X0somD7EcdQSplK1-75dlLAvPkvuiTODsY7zW9JlftaQlepOqjlQXsfPO3xwPjvAAEld0-g8UhYpz-MwpJkabT3HU/s1600/mapa..bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgzzZKivPsmDScb1GII5aICnXyNQ92lZbPt_E-MBU-LMzSXTFI6W1X0somD7EcdQSplK1-75dlLAvPkvuiTODsY7zW9JlftaQlepOqjlQXsfPO3xwPjvAAEld0-g8UhYpz-MwpJkabT3HU/s1600/mapa..bmp" /></a></div><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpT8PdErEUIKQ43J_5Yt5IJgNg-TikXUmdamVNAh4ERYeEowUcwx9kb-NfbSGc6qm61w68fn3rFBmSIPml4dceFGhJ3Z7pR4ECvANkKDV_MpvC1VRy5z3ClkWIF2LvHMT1lsyHrzW9_lg/s1600/imagem2.bmp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpT8PdErEUIKQ43J_5Yt5IJgNg-TikXUmdamVNAh4ERYeEowUcwx9kb-NfbSGc6qm61w68fn3rFBmSIPml4dceFGhJ3Z7pR4ECvANkKDV_MpvC1VRy5z3ClkWIF2LvHMT1lsyHrzW9_lg/s1600/imagem2.bmp" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;"><br />
</span></span></div><div class="separator" style="clear: both; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;"><span class="Apple-style-span" style="-webkit-border-horizontal-spacing: 2px; -webkit-border-vertical-spacing: 2px;">Referências Bibliográficas: </span></span></div><div class="separator" style="clear: both; margin-bottom: 0px; margin-left: 0px; margin-right: 0px; margin-top: 0px; text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace;">GERBI, Antonello. O Novo Mundo-História de uma polêmica: 1750-1900.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com